quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Intuscepção ou Invaginação


Intussuscepção ou intuscepção (do latim intus , Dentro + sus-cipio, Captar , de sub + capio , Tomar) refere-se a entrada de um segmento de um órgão oco em outra parte do mesmo órgão e é um termo português do Brasil. Em Portugal diz-se invaginação.
Em cães uma obstrução intestinal pode ser uma das causas mais comuns em que o animal necessite de uma intervenção cirúrgica. Quanto mais proximal e completa for a obstrução, mais agudos e intensos serão os sinais e maior será a probabilidade de desidratação, desequilíbrio eletrolítico e choque. A intussuscepção talvez seja a causa mais comum de obstrução intestinal. Pode acometer estômago e esôfago gastroesofágica), intestino delgado (enteroentérica), intestino grosso (colocólica) ou ambos (ileocólica). Entretanto, é observada freqüentemente no jejuno, íleo ou na região ileocólica, sendo os cães jovens os mais afetados. Muitas intussuscepções são idiopáticas, porém, em cães jovens, a hipermotilidade secundária a enterites virais, bacterianas ou parasitárias pode ser o fator predisponente. Os sinais clínicos são geralmente anorexia, depressão, desidratação, vômito, dor abdominal e diarréia. O diagnóstico é realizado com base nos sinais clínicos, no exame físico (palpação abdominal), exames complementares e radiografias contrastadas. O tratamento, na maioria das vezes, é cirúrgico; e está sujeito a recidivas. O pósoperatório é delicado e requer cuidados especiais de manejo, como fluidoterapia intensiva e retorno gradativo à alimentação.

AVC em cães!!


AVC em Cães são classificados em 2 tipos:

O AVC isquemico, seria devido a uma interrupção na passagem do sangue em determinada área do cérebro.

No AVC hemorrágico occorre rompimento de algum (ns) vaso (s) cerebrais; então, alem de termos interrupção da circulação na área que era irrigada por esses vasos, teremos tambem presença de sangue no cérebro.

Eles tem causas diferentes, então, com determinados exames, podemos tentar imaginar qual deles aconteceu. Por exemplo....se tivermos um aumento de colesterol poderemos suspeitar de uma isquemia, onde o colesterol formaria placas nos vasos, impedindo a
correta cirluação; e se tivessemos alguma substancia organica que causasse uma fragilidade capilar poderemos suspeitar de derrame. Isso explicando a grosso modo :)
Mas nem sempre isso é possível. O ideal mesmo seria uma tomografia. Dependendo de onde more até podemos conseguir isso.

domingo, 14 de agosto de 2011

Pólipos Inflamatórios


Pólipos são excrescências que surgem da membrana mucosa. O pólipo fibroepitelial de vagina é uma lesão rara em cadelas. Áreas multifocais de proliferação de tecido fibroso desenvolvem na vagina da cadela em conseqüência de repetidos episódios de edema. Essas lesões fibróticas focais gradualmente estendem dentro do lúmen vaginal e se torna pedunculado, formando pólipos fibrosos. A maioria das lesões são no assoalho da vagina cranial ao orifício uretral. Os pólipos grandes estendem entre o lábio vulvar e tornam-se ulcerados.

Sialocele Submandibular


A sialocele é o distúrbio das glândulas salivares no qual ocorre um acúmulo de saliva no tecido subcutâneo, causado pela obstrução ou ruptura do ducto salivar e conseqüente extravasamento de saliva. É a sialoadenopatia mais comum nos cães e acomete mais freqüentemente as glândulas submandibular e sublingual. Sua ocorrência na parede faringeana pode gerar complicações sérias. A etiologia da sialocele está relacionada ao bloqueio traumático ou inflamatório ou à ruptura dos ductos salivares. Este trabalho tem como objetivo relatar um caso de sialocele em um cão, abordando seus aspectos clínicos e cirúrgicos. Foi atendido um canino, macho, raça Poodle, quatro anos de idade. À anamnese o proprietário relatou que, há três meses, o animal desenvolveu um aumento de volume na região cervical e apresentava dificuldade para se alimentar, já passou pela cirurgia faz 4 meses. Não houve histórico de briga ou trauma, porém o animal convivia com outro cão. Durante o exame clínico, foi realizada a palpação do tumor, que apresentava consistência flutuante, ausência de dor e de hipertermia local. Em geral, a lesão causa uma resposta inflamatória, mas o proprietário só percebe a sua ocorrência quando há o surgimento do tumor, fase em que não ocorre mais a inflamação. Verificou-se a normalidade dos parâmetros vitais, mucosas e hidratação. Procedeu-se a punção do tumor e o material aspirado era de aspecto viscoso e translúcido, compatível com secreção salivar. O diagnóstico clínico foi de sialocele cervical. O tratamento recomendado é a retirada total da glândula afetada. Neste caso, embora tenha sido realizada sialoadenectomia parcial, não foi observada recidiva em quinze dias após a cirurgia.

domingo, 15 de maio de 2011

Cães e gatos precisam de mais cuidados no inverno!





Os animais domésticos também ficam mais gripados no inverno e, por isso, os donos devem ficar atentos aos sintomas das doenças respiratórias, que podem evoluir para uma pneumonia e matar.

Sintomas

Tosse, espirros, secreção nasal e ocular que varia de serosa (aquosa) a mucopurulenta (espessa, amarelada), olhos avermelhados, diminuição do apetite, febre e prostração.
Prevenção

- Deixar os animais, principalmente os cães de grande porte, em locais protegidos nos dias mais frios, especialmente durante a noite;
- Vacinação com acompanhamento profissional, para que o veterinário avalie a necessidade das vacinas e o intervalo entre as aplicações;
- Utensílios como comedouros e bebedouros devem ser individuais;
- Lavar as mãos após o trato de cada animal;

- Banhos apenas quando necessário (nos horários mais quentes do dia, com água morna e secagem com secador);

- Em canis e gatis, animais com secreções oculares, nasais e espirros devem ser isolados dos sadios e tratados até sua completa recuperação.

NUNCA AUTOMEDIQUE SEU ANIMAL. PROCURE SEMPRE UM MÉDICO VETERINÁRIO!

terça-feira, 29 de março de 2011

Você sabe como agir diante de uma fratura em seu cão?




As fraturas em cachorros costumam atingir principalmente as pernas. Você sabe prestar os primeiros socorros ao seu cão?! Veja abaixo:

1. A fratura provoca muitas dores nos cães, por isso, antes de transportá-lo para um veterinário, ou para qualquer outro lugar, prepare uma tala para imobilizar a perna fraturada.

2. Um pau ou um jornal enrolado podem muito bem fazer as vezes de uma tala. Certifique-se de o objeto escolhido tenha um comprimento maior do que a perna a ser imobilizada.

3. Amarre a tala à perna, com a ajuda de uma gaze. Não tente colocar o membro fraturado no lugar, já que o animal sente muitas dores, e somente um médico veterinário pode realizar a tarefa da melhor maneira para que o cão não sofra tanto. Obs: em casos de cães bravos, antes de colocar a tala, coloque uma focinheira no animal.

4. Agora seu cão já está preparado para ser transportado a clinica Lambe e Late (19-3039-6629)

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Parvovirose Canina


É virose das mais conhecidas e das mais contagiosas entre os cães domésticos. Ataca mais os cães jovens que os adultos, talvez pelo fato destes últimos serem mais resistentes pela imunidade naturalmente adquirida. Apresenta alta mortalidade, principalmente entre cães jovens, principalmente àqueles de raças puras ou animais mais fracos ou debilitados por verminoses ou outras moléstias, inclusive carenciais.

A doença é causada por um vírus de tamanho extremamente pequeno, classificado entre outros que atacam ratos, porcos, gado bovino e o homem, além de outros animais; No homem, a Parvovirose aparentemente combina com outros adenovirus, causando infecções do trato respiratório superior e dos olhos, nestes últimos causando uma conjuntivite. Devido tal circunstância, pode a doença ser classificada como Zoonose, por ser comum ao homem e ao cão.

No cão, a doença se estabelece principalmente no aparelho digestivo, de início provocando elevação térmica que pode atingir altos índices (41 graus Celsius), exceto em animais adultos mais velhos nos quais ocorre hipotermia. Nessa fase chama a atenção o fato do animal se tornar sonolento e sem apetite, quando ocorrem também vômitos incoercíveis; Alguns animais apresentam também tosse nessa fase, além de inchaço dos olhos ou inflamação da córnea (conjuntivite). O mal começa repentinamente, e sem tratamento o animal vem a sucumbir à infecção em poucos dias.

IMUNIZAÇÃO - Deve a Vacina contra a Parvovirose ser aplicada preferentemente nas fêmeas antes do cio e subsequente gestação, mesmo que tenham sido anteriormente imunizadas, pois recebendo uma nova dose da vacina, terão sua imunidade aumentada durante a gestação, e a oportunidade de através da circulação inter-placentaria conferirem a seus futuros filhotes uma razoável imunidade passiva. Posteriormente ao parto, então já na fase de aleitamento de suas crias, tal imunidade conferida pela vacina aplicada na mãe será através do leite (principalmente o primeiro leite, chamado de colostro), transmitida aos filhotes recém nascidos pelos anticorpos contidos nesse primeiro leite, prevenindo então os filhotes contra a doença, até que venham os mesmos atingir idade em que já possam também serem, com eficiência, imunizados com a mesma vacina. A primeira dose é recomendada ser aplicado nos filhotes, quinze dias após o desmame, ou seja, por volta de 45-60 dias de vida. Revacinações anuais são também recomendadas, tanto aos filhotes quanto aos animais mais velhos susceptíveis de também virem a contrair a doença.

Raiva Canina


É uma doença infecciosa aguda que acomete mamíferos (homens e animais), causada por um vírus que se multiplica e se propaga - via nervos periféricos - até o sistema nervoso central, de onde passa para as glândulas salivares, nas quais também se multiplica.
O prognóstico é fatal em todos os casos e representa um sério problema de saúde pública.
A doença expõe grande número de pessoas e animais ao risco de contaminação e os custos necessários para o seu controle ou erradicação são elevados.
A forma mais comum de transmissão é através de contato com saliva de animal raivoso, seja por mordeduras ou lambeduras de mucosa ou de pele com solução de continuidade. As arranhaduras também têm potencial de contaminação, devido à salivação intensa dos animais doentes, que muitas vezes contaminam suas patas. O contato indireto não é considerado veículo de transmissão, mas há pouca discussão a este respeito na literatura. Outras formas de contágio, embora raras, são: transplante de córnea, via inalatória, via transplacentária e aleitamento materno. Teoricamente, é possível a transmissão de raiva por contato íntimo intradomiciliar ou em unidades de saúde através de secreções infectantes. Entretanto, não há casos registrados com essa epidemiologia.
A fonte de infecção é o animal infectado pelo vírus rábico. Em áreas urbanas, é principalmente o cão (quase 85% dos casos), seguido do gato. Em áreas rurais, além de cães e gatos, morcegos, macacos e mamíferos domésticos como: bovinos, eqüinos, suínos, caprinos, ovinos. Os animais silvestres são os reservatórios naturais para animais domésticos.
Como o cão é a principal fonte de infecção para o homem, é importante conhecer os principais sintomas da raiva canina.
O cão, depois de ser mordido por um animal raivoso, desenvolve a doença num período de 21 dias a 2 meses, em média. Existem 2 formas de raiva canina: a furiosa e a paralítica, dependendo da predominância de uns ou de outros sintomas.
A forma furiosa caracteriza-se por inquietação, tendência ao ataque, anorexia pela dificuldade de deglutição e latido bitonal, posteriormente paralisia, coma e morte.
Na forma paralítica, ao contrário da furiosa, não há inquietação ou tendência ao ataque, o cão tende a se isolar e se esconder em locais escuros. Apresenta paralisia de patas traseiras, que progride e o leva à morte. A duração da doença é de 3 a 7 dias.
O diagnóstico da raiva é feito através do quadro clínico sugestivo e da história clínica do paciente com antecedente de mordedura ou outros tipos de exposição. No diagnóstico da raiva humana, existem várias técnicas laboratoriais para identificação de antígenos ou anticorpos específicos da doença, tais como: reação de imunofluorescência direta, imunofluorescência indireta, soroneutralização e prova biológica. Os materiais a serem examinados incluem: sangue, saliva, bulbo piloso, esfregaço da córnea e tecido nervoso, sendo que este último é retirado do material da necrópsia.
A profilaxia consiste na aplicação de uma série de doses de vacina anti-rábica por via intramuscular, na região do deltóide, durante o período de incubação da moléstia. A administração de soro anti-rábico está indicada nos casos com forte suspeita de contaminação com o vírus rábico. Esses tratamentos devem ser feitos de acordo com a orientação médica.
A vacina anti-rábica utilizada atualmente no Brasil é do tipo Fuenzalida & Palácios. Ela é preparada através do tecido nervoso de camundongos lactentes infectados com vírus rábico, o produto é inativado por radiação ultravioleta ou betapropriolactona. A vacina deve ser mantida em refrigerador de 4 a 8°C.
Durante o tratamento podem ocorrer reações às vacinas anti-rábicas e elas podem ser locais, gerais ou neurológicas. As reações locais manifestam-se por dor, prurido e eritema no local da aplicação, com ou sem aumento de gânglios linfáticos locais. As reações sistêmicas são dores musculares ou articulares, dor de cabeça, febre, insônia e palpitação. Em casos mais graves: urticária e choque anafilático. As reações neurológicas são raras, estão relacionadas ao número de doses aplicadas e podem ser classificadas em 4 tipos: encefalomielite, mielite, neurite e paralisia ascendente.
Outro tipo de vacina é o de cultivo celular. O vírus rábico foi adaptado para ser cultivado em células diplóides humanas, células de rim de hamster e rim de macaco. Esta vacina apresenta alto poder imunogênico, eficácia elevada e baixo índice de efeitos adversos, mas tem, como inconveniente, o alto preço.
O soro anti-rábico é obtido de equídeos hiperimunizados com vírus rábico inativado. A aplicação se dá em dose única, por via intramuscular, em locais diferentes da aplicação da vacina e parte da dose deve ser infiltrada ao redor do ferimento. As reações ao soro, que não são incomuns , podem ser divididas em: reações anafiláticas, reações anafilactóides e doença do soro.