domingo, 27 de dezembro de 2009

OtoHematoma


Otohematoma ou hematoma auricular, vulgarmente denominado hematoma de orelha, como seu próprio nome indica, trata-se de uma tumefação flutuante cheia de sangue, localizada geralmente na superfície côncava do pavilhão auricular, próximo ao ápice (CARLTON & McGAVIN, 1998). O hematoma parece surgir dentro da cartilagem da orelha (ETTINGER & FELDMAN, 2004), e não no tecido subcutâneo, onde a pele está firmemente aderida à cartilagem.
O inchaço ocorre devido à ruptura de vasos sangüíneos intrateciduais e pelo acúmulo de sangue, dando o aspecto de balão de água; o estudo histológico de algumas orelhas afetadas revela que a hemorragia ocorreu, em parte, no interior da cartilagem, estando associada a numerosas fraturas cartilaginosas (JONES, et al., 2000), essa lesão causa grande desconforto ao animal.
Geralmente se formam os hematomas na superfície côncava da orelha, mas também podem ocorrer na superfície convexa ou em ambos os lados (BOJRAB, et al., 1996), podem ser provocados pela irritação do ouvido causando coceiras, esfregamento da orelha e agitação intensa da cabeça, podendo assim romper os vasos; as causas subjacentes da irritação incluem a inflamação crônica e aguda, ectoparasitas, corpos estranhos, otites, tumores e pólipos do canal auditivo (BOJRAB, et al., 1996). Este tipo de lesão é observado mais freqüentemente em cães com orelhas pendulares, mas é observada também ocasionalmente em cães com orelhas eretas e, menos freqüentemente, em gatos (BIRCHARD, & SHERDING, 2003).

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Tumores Testiculares


Bom, geralmente os sintomas são claros no caso de tumores em testiculos; os testiculos ficam aumentados, mais duro que o normal, aspecto fribroso, local dolorido, pode ocorrer febre no animal, relutancia ao andar ou andar diferente, pode ficar edemaciado o local. A melhor coisa é a castração.
Um estudo mostra o estudo de casos:
Os autores descrevem a incidência de neoplasias de testículos removidos cirurgicamente ou colhidos durante necropsias, diagnosticadas no período de agosto de 1974 a setembro de 1998. De um total de 6959 exames histopatológicos de rotina de diversas espécies animais realizados no Hospital Veterinário da UFPR, no PANLAB Laboratório de Patologia Animal e no Hospital Veterinário da PUC/PR, 27 eram de animais portadores de processos neoplasicos nos testículos, sendo 22 caninos, 2 bovinos e 1 asinino. As raças caninas predominantes foram: 10 SRD, 3 Boxer, 3 Pastores alemães, 2 Pequineses, e Pointer, Poodle, Pinscher e Rottweiller, 1 respectivamente. Quanto aos bovinos havia 1 SRD e 1 HPB. O asinino era SRD também. A idade variou de 3 a 15 anos para os caninos, e os bovinos e asinino tinham 3 anos. A neoplasia testicular predominante nos caninos foi seminoma. Houve dois casos de neoplasias duplas, seminoma-sertolioma e seminoma-leydigocitoma. Um cão apresentava Tumor de Sticker no testículo. Em apenas um animal desta espécie foi observada metástase de sertolioma na glândula adrenal. Nos dois bovinos a neoplasia diagnosticada foi seminoma e no asinino era mixossarcoma. Contrariando CHANDLER et al. (1989) e SANTOS (1979) constatou-se a baixa freqüência de tumores testiculares nas diversas espécies animais. A maior incidência foi de Seminomas, fato também citado por NIELSE e LEIN (1974), MUELLER et al. (1970) e BRODEY (1956). Para CARLTON e McGAVIN (1998), essa neoplasia estaria em segundo lugar em freqüência nos caninos. Dois casos foram observados com combinações de duas neoplasias primárias de testículo concordando com as observações de JONES e HUNT (1997). A presença de Metástase ocorreu em um caso de Sertolioma, estando de acordo com MOULTON (1978). A ocorrência de um caso de mixossarcoma mostra concordância com SANTOS (1979) que cita sua descrição como rara. Apenas um dos casos estudados era de testículo criptorquida, indo de encontro com as informações de JONES e HUNT (1997), JUBB e KENNEDY (1993) e LOAR (1992), os quais afirmam ser o criptorquidismo um fator predisponente aos tumores testiculares. De acordo com esses mesmos autores, predominaram, no caso dos caninos, animais SRD em comparação com os de raça pura. Conclui-se que a castração deve influenciar na baixa freqüência de tumores testiculares nas demais espécies domésticas, observação feita também por JONES e HUNT (1997), JUBB e KENNEDY (1993) e LOAR (1992).

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Peritonite Canina


A peritonite em cães ainda é caracterizada como uma severa complicação de afecções na cavidade abdominal.Define-se a enfermidade como uma inflamação do peritônio, na maioria das vezes com prognóstico reservado, e que pode ser fatal. Ela se apresenta de diferentes formas, sendo a séptica a mais comum, em que microorganismos patogênicos proliferam rapidamente, e determinam processo infeccioso grave. Devido à importância da peritonite em cães, são abordados a etiopatogenia, os métodos diagnósticos e a conduta terapêutica mais apropriada. Para um prognóstico favorável, o diagnóstico precoce e o tratamento eficaz são fundamentais.
A peritonite é responsável por complicações graves em intervenções cirúrgicas na cavidade abdominal, porém, em face de novos tratamentos, o prognóstico tornou-se mais favorável, embora muitos casos ainda evoluam para choque séptico e morte. A peritonite consiste em inflamação do peritônio, com classificação variável em relação à origem (primária, secundária), ao grau de contaminação (asséptica, séptica, mista) e à extensão, segundo a qual pode ser localizada (limitada a uma área anatômica específica) ou difusa (comprometendo de forma generalizada a membrana peritoneal). Na peritonite primária, que representa menos de 1% dos casos, microorganismos migram para a cavidade abdominal por via hematógena ou linfática. Pode haver, também, contaminação retrógrada através da bolsa ovariana (por contaminação ascendente a partir de útero com infecção), desde a cavidade torácica (pelo arco lombocostal) e por migração transmural de bactérias intestinais endógenas em casos de isquemia ou de choque sistêmico.
A peritonite secundária decorre de ferida penetrante na cavidade abdominal, podendo ainda estar associada a procedimento cirúrgico, a traumatismos (ruptura no trato urinário - uroperitônio) ou a enfermidades da cavidade abdominal, como ruptura de útero com piometra ou de abscessos (hepático e prostático), à perfuração de víscera oca por corpo estranho, que migra a partir de seu lume, ou por projétil de arma de fogo, dentre outras. O paciente com peritonite secundária sempre requer intervenção cirúrgica na cavidade abdominal, pois ocorre alta taxa de mortalidade se não for tratada adequadamente, podendo evoluir com formação de abscessos, sepse e insuficiência múltipla de órgãos (WONG, 2005).
A peritonite asséptica pode ser química ou mecânica. Irritantes químicos como bile, secreção gástrica ou pancreática, urina ou contraste a base de bário, usado em radiologia, extravasados na serosa abdominal determinam peritonite química (BRAY, 1996; STAATZ, 2002). A presença de drenos ou cateteres, talco de luvas, fio de sutura, fios de gaze ou compressa causam peritonite mecânica (BRAY, 1996; SWANN & HUGHES, 2000; PLUNKETT, 2001). Os autores desta revisão consideram que o uso inadequado de gaze, de compressa (que friccionem a serosa) ou de instrumental cirúrgico durante abordagem abdominal também determina inflamação do peritônio em grau variável. Por essa razão, recomendam dar preferência ao uso de aspiradores para enxugar a área operatória.
BRAY (1996) cita que mais de 50% das peritonites sépticas decorrem de deiscência em intervenções cirúrgicas em órgãos ocos. A peritonite bacteriana tem desenvolvimento rápido e com alto risco de vida, associado a microorganismos virulentos, principalmente bactérias entéricas, tanto anaeróbicas quanto aeróbicas (BRAY, 1996; CROWE Jr & BJORLING, 1998). O trato gastrintestinal é colonizado
por mais de 400 espécies de bactérias, sendo que a microbiota dominante é composta por Bacteróides, Eubacterium, Clostridium, Streptococos, Escherichia coli, Klebsiella e Pseudomonas (BOURGOIN et al., 2004). SWANN & HUGHES (2000) relatam que a Escherichia coli, o Clostridium sp e o Streptococcus faecalis são os microorganismos mais observados na peritonite bacteriana, o que reflete alta prevalência de complicações gastrintestinais. Para PLUNKETT (2001), a peritonite bacteriana, envolve um agrupamento de microorganismos anaeróbicos (Clostridium spp, Peptostreptococcus spp, e Bacteroides spp) e aeróbicos (Escherichia coli, Klebsiella spp e Proteus spp).
Obstruções, estrangulamentos, dilatações mecânicas ou até mesmo alterações em que se observem as alças intestinais macroscopicamente intactas provocam alteração na sua permeabilidade, facilitando a migração de bactérias para a cavidade abdominal. Pode haver disseminação desses microorganismos através da corrente circulatória gerando um quadro de septicemia, o qual pode levar o animal a óbito se não for instituído tratamento apropriado (CROWE Jr & BJORLING, 1998).
A peritonite mista decorre da evolução de uma peritonite mecânica ou química complicada pela presença de bactérias por contaminação ascendente (drenos ou ruptura de trato urinário, por exemplo) ou por migração transmural, especialmente a partir do trato gastrintestinal.
Considerando a multiplicidade de fatores causadores de peritonite e a dificuldade em tratá-la, tem-se por objetivo apresentar informações recentes sobre essa enfermidade, visando a estabelecer padrões de conduta que ofereçam maior possibilidade de sucesso em sua terapia.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Piometra


Resumindo é a infecção do utero!
Mas ai vai um resumo bem complexo do quadro:

A hiperplasia cística do endométrio (HCE) induzida pela progesterona é a primeira lesão no desenvolvimento da piometra. A infecção bacteriana secundária ocorre na maioria dos animais. O acúmulo de líquido no lúmen do útero e glândulas endometriais, juntamente com a diminuição da contratilidade do miométrio causadas pela progesterona parecem favorecer a invasão bacteriana. A maior parte da morbidade e mortalidade associadas com a piometra podem ser atribuídas a infecção bacteriana secundária do útero normal.
O papel da progesterona na fisiopatologia da HCE-piometra tem sido investigada. A ocorrência de HCE e piometra após a administração exógena de progesterona é dose e duração-dependente tanto na cadela como na gata. A ocorrência de HCE e piometra tem sido descrita freqüentemente após a administração de acetato de megestrol e medroxiprogesterona a gatas intactas e parcialmente histerectomizadas.
Embora o estrogênio exógeno sozinho não provoque HCE ou piometra , ele potencia os efeitos da progesterona. Devido aos riscos de ocorrer piometra e a pobre eficácia na prevenção da gestação, os autores concluíram que os estrógenos não devem ser usados para prevenir a gestação em cadelas.
Os sintomas clínicos estão diretamente relacionados com a gravidade do quadro. Os sintomas gerais incluem depressão, anorexia, vômitos, diarréia, polidipsia (aumento na ingestão de líquidos) e poliúria (aumento na produção urinária). Estes sintomas não específicos com um histórico de exposição a progestina, são sugestivos de piometra. O corrimento vaginal purulento está presente em 75% das cadelas com piometra. Variados graus de desidratação e depressão são encontrados ao exame clínico. Um corrimento vaginal purulento, freqüentemente contendo sangue, pode ou não estar presente. O corrimento vaginal pode ser intermitente ou constante, escasso ou copioso em quantidade. A temperatura retal geralmente esta normal. Os animais com septicemia ou endotoxemia podem estar hipotérmicos. Estes animais geralmente se apresentam em decúbito e em choque.
As lesões renais associadas com a piometra têm sido investigadas. Ocorre uma redução na capacidade de concentrar a urina, associada com a infecção bacteriana do útero, porém ela não ocorre associada com a manipulação hormonal, na ausência de infecção bacteriana.
A informação essencial para o diagnóstico e tratamento de piometra inclui histórico do estágio do ciclo estral e/ou terapia hormonal, e exame físico completo. A contagem sanguínea completa, urinálise, e o perfil bioquímico são necessários para detectar as anormalidades metabólicas associadas com a septicemia e/ou toxemia, e para a avaliação da função renal.
A radiografia abdominal e/ou a ultra-sonografia confirmarão a presença do útero aumentado. O diagnóstico diferencial mais importante para a piometra é a gestação. A aparência radiográfica do útero gravídico antes da calcificação fetal (cerca de 42 dias) é indistinguível da obtida quando há piometra.
Ambas possuem uma densidade líquida homogênea. A ultra-sonografia é muito útil para a diferenciação da piometra e gestação. Antes do dia 28, o diagnóstico de gestação com a ultra-sonografia nem sempre é preciso, porém a diferenciação entre a piometra e a gestação ainda é possível.
O tratamento de escolha para a HCE-piometra é a ovariohisterectomia.

Lambe & Late I 3039-6629


*Bom essa ai é a clínica Veterinária LAMBE & LATE I - Rua: Adinir Irineu de Gaspari, 2361 _ Santa Eulália – Telefone 3039-6629... Trabalhamos com banho & tosa, vacinas, cirurgias e temos um otimo pet shop! Venham conferir!

Lambe & Late - 3011-2336


Tabalhamos como médicos veterinários em uma clinica chamada Lambe e Late ([I - Rua: Adinir Irineu de Gaspari, 2361 _ Santa Eulália – Telefone 3039-6629 e 3011-2336]), onde realizamos desde vacinas até cirurgias! Bom este é o trabalho que escolhemos para vida, e o que fazemos adoramos! É dificil descrever o prazer que sintimos ao ajudar um animalzinho, procuramos fazer o maximo para abrir a cabeça das pessoas para que elas olhem diferente para seus animais (companheiros), e vejam o quão importante eles são!

Guilherme & Aline - Medicos Veterinários


Bom, somos da Lambe & Late vamos tentar publicar coisas que me interessem e espero agradar vocês. Caso isso não ocorra, não se preocupe....pois afinal cada um tem um gosto diferente e interesses diferentes!
Obrigado!